Irretratávelmente Amável
Somos na medida das proporções incuráveis
nos moldes fincados ao nosso modo de ser;
Sarcasticamente nos sabotamos por
intuitos raros das nossas espécies.
Mesmo vivendo em zona de conforto,
clandestinamente preferimos ser irretratável.
Surgem nossas mascaras sociais
num mostruário social entre ritos, regras e religiões afins.
Cabalmente prosseguimos nesta
lisura do ser em partículas de expressões verdadeiras.
Os fins justificam os meios em nossos
modelos preestabelecidos em ser e ter.
Somos então irretratáveis, pois as
póstumas de nossas idealizações nos manietam em pessoas forjadas num tecido
leve da amabilidade.
Somos uma espécie de catarse e
temporalmente nos esvaímos em nossos orgulhos presumíveis.
As mazelas da vida não melhoram
nossas essências somente as ordena numa singularidade de ser irretratavelmente
social.
Por demais carecemos dos moldes
altruísticos que nos formulem um tratamento odioso contra as peripécias do existir,
senão, seremos apenas irretratável e amável, abraçando derrotas nossas de cada
dia.
Então vemos a miséria humana
transvestida em atos boçais configurando a falência do eu...
Pessoas que lotam suas vidas de
manias e pragmatismo religioso com medo do céu ou inferno vituperam suas decisões
por apenas serem pessoas irretratáveis, porem amáveis com seus gestos externos.
Irretratavelmente amáveis neste ciclo vicioso
de manias e prazeres, somos então o câncer da nossa era...
Irretratavelmente amável...
Irretratavelmente amável...
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