Frustração — Livro O Amor


Algumas coisas na vida não valem o preço da frustração. Não é o dinheiro que cobre cicatrizes emocionais, tampouco a esperança que compra o que não pode ser conquistado. Há desilusões que nos arrancam da rotina e nos colocam diante de nós mesmos, em um nível mais profundo do que qualquer passatempo cotidiano.

A vida se ergue sobre propósitos e objetivos moldados pelas vicissitudes do crescimento. É quando descobrimos as sombras do universo que também reconhecemos nossa própria luz. Tentar amenizar a dor pode ser perda de tempo — às vezes, o que precisamos é apenas assumir nossa postura e direcionar nossas forças para sonhos e conquistas que ainda não nasceram.

Na dualidade dos momentos, a solidão se agiganta. Surge uma nostalgia de vitórias passadas, como se o presente fosse incapaz de produzir novas. A vida surpreende, e os níveis de energia e entusiasmo parecem insuficientes para sustentar o simples bem-estar. A mente nos convida ao desânimo, ao cansaço emocional, à irritabilidade. A alma enfraquece — e somente quem sente sabe o peso desse mal-estar.

Nem tudo tem remédio, e alguns morrerão sem conhecer a alvorada que tanto esperaram. Frustrações se empilham: o casamento errado, o carro que custou além do que valia, a família que não apoia, o emprego que não recompensa. Se não aprenderemos a amar as pequenas coisas que já possuímos, sucumbiremos aos poucos.

O segredo para sair da crise não é global — é individual. Cada ser humano precisa encontrar, dentro de si, o chamado para existir.

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