Permuta



A moeda de troca muda conforme as necessidades de sobrevivência, fomentando uma demanda na trajetória de possuir o desejado.

Nossa relação, tanto vertical e horizontal, deriva de permutas e nos servem sempre de interesse capitalista, socialista, espiritualista, demarcando a essência pungente desta era e outras que virão.

Oferecemos algo como moeda de troca, num pensamento justamente justificável para uma sobrevivência menos dolorosa e pouco sofrível, tangente a uma dialética da recíproca.

Quando perdemos o gosto por algo nos servem outras formas e maneiras e objetos de desejos e sempre somos viabilizados por um viés de permuta, saciando sempre a alma que perturbasse com o cálido sossego constante do habitat que é um “espaço banal”.

Somos rebaixados em nossas categorias de seres humanos não pelas permutas que fazemos e sim por falta de originalidade mostrando nossas intenções baratas e sem nenhuma criatividade, perdemos a espontaneidade vivencial em nossas relações.

Exímios na trajetória em potencial domados por maneiras e trejeitos e dependência existencial de vicissitudes laicas originaria pelas trocas, iniciadas desde o nosso nascimento através do choro e olhar desejoso.

E tudo isto por conta da alma, em sua permuta...

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