Desassossego da Alma




 Que inquietude como os mares bravios
 Somente uma alma perturbada saberá
 Que a falta de sossego na alma
 É por conta de lacunas de solidão


Solidão não de pessoas nem coisas
Mas a incansável busca da existência
Que vez por outra se perde na imensidão
Do universo que da vida sobram apenas um desassossego da alma

Uma tempestade que nos preâmbulos da vida
Mais parece um vulcão no seu estado latente
A vida parece ser e tao somente 
Um desassossego da alma

Não há medida deste terror
Que aos poucos consomem vidas e vidas
Numa atmosfera totalmente gélida e calida
Sem o calor das forças quer humanas ou não
Sobra apenas um desassossego da alma

Em que pés esta uma alma cálida
Uma busca utópica da realidade que ela vive
E mostra-se um sinal apenas de instabilidade
Tudo por conta do desassossego da alma

Alma que buscou e não achou
Pediu e não foi lhe dado
Mas no fim da vida com todas estas catástrofes fisiológicas
Uma caixa de madeira restou
Num desassossego da alma que não aguentou 

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