Perdão — Livro O Amor



Os laços se rompem sem diminuir a dor. Uma ferida se abre e dilacera toda a estrutura humana. Meticulosamente, tentamos aplicar curativos paliativos para aplacar o sofrimento exaurido por traumas — de pais, familiares, cônjuges, amizades, negócios, e de tantos outros momentos que tocam a alma.

Perdão não é milagre no campo humano; é processo. Processo que refaz a autenticidade do ser, único capaz de elevar-se ao Criador. Em um mundo em desarmonia, onde as tendências humanas ao erro se tornam cada vez mais evidentes, o perdão se torna um ato que resgata a dignidade de existir.

Perdoar eleva a alma ao nível divino, pois restaura a paz e equilibra as desavenças cotidianas. O universo observa o homem em seus propósitos e, a cada perdão concedido, uma ferida existencial é fechada.

Perdoar nunca será fácil, pois exige reconhecimento e aceitação do outro com seus defeitos e fraquezas. Perdoar não significa esquecer; é enxergar os danos sem sentir novamente a dor. Não é anestesia — que passa e devolve o sofrimento — é cura. Cura definitiva.

Perdão é liberdade da alma.

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